Só por hoje quero agradecer. Quero fazer ressoar, aos quatro cantos da terra, a minha gratidão. Quero exagerar na forma e na insistência em dizer “muito obrigado”. Agradecer às coisas boas que me ajudaram neste ano; agradecer às crises que foram reveladoras para reconfigurar o meu viver, agradecer ao diferente que me enriqueceu, agradecer aos limites que me desafiaram a novas possibilidades; agradecer aos desafios que me levaram à superação, agradecer aos sofrimentos que me fizeram mais humano; agradecer à vida, às pessoas, aos amigos, às conquistas, a tudo.
OBRIGADO
Graças à vida, eu quero agradecer.
Graças aos pés, eu posso andar.
Graças às mãos, eu posso ajudar.
Graças aos braços, eu posso amparar.
Graças ao tato, eu posso banhar-me na brisa.
Graças ao sorriso, eu posso mergulhar no amor.
Graças aos ouvidos, eu posso ouvir as vozes e o canto.
Graças aos olhos, eu posso conhecer a beleza das coisas.
Graças ao olfato, eu posso provar o prazer de todos os perfumes.
Graças ao paladar, eu posso sentir o gosto de tudo o que é saboroso.
Graças ao amor, eu posso entender que tudo o que é bom não é para todos.
Graças à fé, eu posso crer que tudo pode ser melhor.
Graças à esperança, eu sei esperar e pedir com certeza.
Graças ao pensamento, eu posso viajar com total liberdade.
Graças às palavras, eu posso entender-me com todos os homens.
Graças aos sofrimentos, eu posso ser mais sensível e compreensivo
(Canísio Mayer).
Mayer, Canísio. Só por hoje. São Paulo: Paulus, 2ª reimpressão, 2018.