Só por hoje quero projetar-me no fim da minha vida não para me entristecer, mas para viver melhor o momento presente. “Frequentemente pergunto a mim mesmo que é que eu gostaria que fosse dito na hora da minha morte e deixo aqui com vocês a resposta. Se vocês estiverem ao meu lado quando eu encontrar o meu dia, lembrem-se de que eu não quero um longo funeral. Se vocês conseguirem alguém para fazer a oração fúnebre, digam-lhe para não falar muito, para não mencionar que eu tenho trezentos prêmios – isso não é importante, para não dizer o lugar onde estudei. Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que eu tentei dar minha vida a serviço dos outros, eu tentei amar alguém, eu tentei ser honesto e caminhar com o próximo, eu tentei visitar os que estavam na prisão, eu tentei vestir um mendigo, eu tentei amar e servir a humanidade. Sim, se quiserem dizer algo, digam que eu fui arauto: arauto da justiça, arauto da paz, arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não tem importância. Não quero deixar para trás nenhum dinheiro, coisas finas e luxuosas. Só quero deixar para trás uma vida de dedicação. E isso é tudo que tenho a dizer. Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, animar alguém com minha canção, mostrar a alguém o caminho certo, cumprir o meu dever de cristão, levar a salvação a alguém, divulgar a mensagem que o Senhor deixou, então, minha vida não terá sido em vão ” (Martin Luther King).
Mayer, Canísio. Só por hoje. São Paulo: Paulus, 2ª reimpressão, 2018.